O que te inspira a fazer seu trabalho artístico?
Hoje em dia, acho que o que me inspira mais é o sentir. Tento buscar sempre transmitir uma situação ou sentimento, pois vejo que quando algo ressoa em outra pessoa, o desenho acaba se tornando muito mais potente. Me sinto assim quando vejo desenhos que gosto de outros artistas – parece que não me sinto tão sozinha, que outra pessoa se sente do mesmo jeito e que ela conseguiu expressar algo que eu não estava conseguindo.
Quando começou a produzir?
Desde criança sempre desenhei, mas nunca achei que pudesse ser ilustradora ou artista. Acabei virando designer gráfico, pois era onde eu conseguia colocar o gosto pelo visual em prática. Só muitos anos depois de formada que entendi que existem estilos e artistas diferentes, e que eu não precisaria me encaixar em uma caixinha específica. Comecei a produzir mais ativamente com a criação do meu estúdio, em 2016. No Estúdio Barbatana, finalmente me soltei mais e comecei a praticar com mais constância. Foi quando comecei a pintar as baleias em aquarela, em um exercício no meu sketchbook, e tudo foi desenrolando a partir daí.
Você tem algum artista como referência?
Hoje em dia, as baleias da Estella Miazzi tocam muito meu coração. Fico feliz toda vez que vejo as baleias dela coladas como lambe pela cidade. Gosto muito do trabalho da Marcella Tamayo, da Mika Takahashi e da Ina Carolina. E, dos artistas internacionais, admiro muito o trabalho do Oliver Jeffers e da Catarina Sobral.